domingo, 8 de dezembro de 2013

""PEITICA, REFUGIADA DA AMAZÔNIA"". AVE DE NÚMERO 167 do DOSSIE FAZENDA MODELO.

     Nome Científico: Empidonomus varius .

   Também conhecido como bem-te-vi-peitica, bem-te-vizinho, maria-é-dia e mosqueteiro-listrado. O peitica (Empidonomus varius) é uma ave passeriforme  da família Tyranidae. Vive nas matas ciliares, cerradões e matas secas. Coloniza áreas urbanizadas com boa arborização. Realiza migrações sazonais ao longo de sua distribuição, deslocando-se para latitudes mais baixas no inverno.
      De hábitos migratórios, vive em bordas de matas, capoeiras, clareiras em florestas primárias, cerradões e outras formações com árvores de tamanho médio, mas não muito fechadas. A PEITICA  foi vizualisada numa mesma árvore, onde vários indivíduos, próximos a uma casa, em frente às novas construções da FAZENDA MODELO, bem no sopé de uma linda montanha com uma mata no fundo, cantavam uma melodia BEM  AGÔNICA.  TAL CANTO NOS CHAMOU A ATENÇÃO. ENTRETANTO, TIVEMOS A DÚVIDA, DE  SE TRATAR OU NÃO DE UM BEM TI VÍ RAJADO. Finalmente, o catalogamos como PEITICA, confirmado pelo canto bem característico e muito diferente do BEM TI VI RAJADO.  A PEITICA chega na FAZENDA MODELO em meados de OUTUBRO, voando mais de 3 mil KILÔMETROS. A FAZENDA MODELO é um refúgio para esta ave, que ""vem  prá cá"" para reproduzir e quando o tempo começa a esfriar por aqui, a PEITICA retorna para o alto da AMAZÔNIA bem ao NORTE.

    É de difícil identificação não só devido à sua semelhança com o bem-ti-vi pirata e com o bem tivi rajado, mas também por essas duas outras espécies ocorrerem mais ou menos nos mesmos ambientes que o peitica e muitas vezes migrarem para os mesmos locais nas mesmas épocas.
  Segundo Gilberto Freire em “Casa Grande e Senzala”, algumas tribos indígenas do Brasil consideravam seu canto de mau agouro. Ao ouvir o canto da peitica, eles suspendiam as atividades e retornavam para suas malocas. Ainda hoje, no Nordeste, é comum ouvir-se a expressão “jogar peitica” significando “azarar".


“(...) Todos da casa já tinham se conformado, menos o capitão Tomás” (REGO, 1997, ... um negro de sua senzala das mãos de um ladrão de cavalos” (REGO, 1997, p. ... todos os negros teriam que rezar Ave-maria e não poderiam mais rezar para .... A gente não pode é agüentar PEITICA  dum vivente em cima de uma criatura"...(TRECHO DA OBRA DE JOSÉ LINS DO REGO...FOGO MORTO"")...


   Mede cerca de 18 centímetros. A plumagem, toda rajada de cinza escuro. Seu tamanho é intermediário entre as duas espécies, tendo a cabeça e o bico mais proporcionais do que o bem ti vi rajado. Característica capaz de separá-la do bem ti vi pirata  é o marrom avermelhado da base superior da cauda e os bordos da mesma cor das penas caudais.
  Alimenta-se basicamente de insetos alados que apanha em vôos curtos a partir de um poleiro e também de pequenas frutinhas como as do tapiá, que apanha tentando pairar no ar como um beija-flor, sem pousar nos galhos.
 Reproduz-se de outubro a fevereiro. O ninho  é geralmente construído sobre um galho horizontal, feito de grama, gravetos e fibras dispostas em forma de uma tigela rasa. São postos 3 ou 4 ovos de cor creme. A incubação é feita pela fêmea e demora de 14 a 16 dias. O casal se reveza para alimentar os filhotes.

  De hábitos migratórios, vive em bordas de matas, capoeiras, clareiras em florestas primárias, cerradões e outras formações com árvores de tamanho médio, mas não muito fechadas.
  Seu canto é um chamado abafado, emitido em pousos tradicionais na copa. Também usados para caçar insetos em vôo, retornando para comer a presa nos poleiros.
 Ocorre a leste dos Andes da Argentina até os Estados Unidos, realizando migrações sazonais ao longo de sua distribuição, deslocando-se para latitudes mais baixas no inverno. Suas migrações são extensas e ainda pouco conhecidas.

  

Referências Bibliográficas: 

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