domingo, 22 de dezembro de 2013

""IRERÊ"". AVE DE NÚMERO 169 DO DOSSIÊ FAZENDA MODELO....

 Nome Científico:  Dendrocygna viduata.


                                                   REVOADA DE IRERÊS...


     Na cidade PEDRO LEOPOLDO ( Minas Gerais), os cantos dos IRERÊS durante as noites e madrugadas de quem mora no bairro MAGALHÃES, pode ser traduzido como: 

                                    "O SOM DAS MADRUGADAS"...
   Durante o cair das tardes, sobrevoando a região urbana da cidade, mais para o lado da BR 424, os bandos de milhares de IRERÊS, podem ser visualizados e chega a encantar, pelo padrão de vôo regular e organizado  exibido, em forma de um grande V. Dizem alguns ETIOLOGISTAS, que o padrão V, permite uma aerodinâmica do VÔO mais adequada para o menor gasto de energia e melhoria da eficiência das migrações, curtas e longas pelo BRASIL.

MÚSICA IRERÊ DE AUTORIA DE CÉSAR COSTA FILHO.

Irerê, pássaro cativo 
Irerê, braço de galé 
Irerê, negro fugitivo 
Irerê, príncipe-guiné

Ferro quente, faz sinal 
Marca de "sinhô" qualquer 
Irerê parte o grilhão 
Mata um montão 
Cai do porão 
Na maré

Irerê, pássaro proscrito 
Irerê, revolta a ralé 
Irerê, chamado maldito 
Irerê, do Abaeté

Mato virgem, palmeiral 
Negro, macho, finca o pé 
Irerê cerca o rincão 
Chama os irmãos 
Funda a Nação 
Do Povo Axé!

Irerê, pássaro caçado 
Irerê, pelos "coroné" 
Irerê, com seus comandados 
Irerê, no Abaeté.

Luta armada, marcial 
Luta quem ser livre e quer 
Mas é mil contra um milhão 
Soa canhão, tomba no chão 
O rei-guiné.

Irerê, passarinho morto 
Irerê, filhos de Quelé 
Irerê, mas Guiné tem outro 
Irerê seu filho Ireré.

Irerê, pássaro cativo 
Irerê, pássaro proscrito 
Irerê, pássaro caçado 
Irerê, passarinho morto.

  O Irerê é uma ave anseriforme da família Anatidae. Também conhecido por paturi, marrecão (Rio Grande do Sul) siriri, marreca-viúva, marreca-piadeira e na região de Pombal Paraíba é conhecida como marreca-viuvinha.
ETIMOLOGIA DO NOME CIENTÍFICO ( Dendrocygna viduata): 
Do (grego) dendros = árvore; e cygna, cygnus = referente ao cisne; 
E do (latim) viduata, viduare, viduus = viúva, em luto, enlutada). 
 (cisne de luto que pousa nas árvores).
   Provavelmente nosso pato mais bem conhecido, seja pela sua beleza, pelo fato de se aproximar muito das áreas urbanas e pelo seu canto típico. É a sua vocalização que lhe empresta o nome irerê ou paturi, muito agudo e alto, lembrando o barulho de alguns apitos ou o som de brinquedos de borracha.
  A máscara branca na face contrastando com o pescoço negro e o bico chumbo torna esta espécie inconfundível. O peito é castanho e o resto do corpo é finamente estriado em branco e preto. Quando em vôo é possível ver as asas escuras.

  Assim como outros marrecos alimenta-se basicamente de plantas submergidas e gramíneas nas margens dos lagos, mas também come invertebrados aquáticos, pequenos peixes e girinos.
O ninho é construído no chão. A fêmea bota de 8 a 14 ovos, sendo que o macho pode ajudar a chocar. Ambos cuidam dos filhotes.
  É encontrado em quase qualquer corpo d'água ao longo de sua ampla distribuição que vai da Argentina até a América Central e curiosamente também ocorre na África Ocidental. Pode ser encontrado até mesmo em lagos poluídos. É mais ativo nos crepúsculos e a noite. Não é raro ouvir o piado desta ave a noite sobrevoando até mesmo grandes cidades em bandos. Chega a formar bandos de várias dezenas de indivíduos, principalmente durante as migrações sazonais que realiza no sul do país.
  
 
Presente em todo o Brasil.

  
REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS:

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