domingo, 6 de outubro de 2013

"" CARÃO. AVE DE NÙMERO 151 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO"""



Nome Científico: Aramus guarauna

    O carão (Aramus guarauna), Também conhecido por saracurão (RS) é uma ave gruiforme, presente no estado da Flórida e do México à Bolívia e Argentina e Brasil. É o único representante da família ARAMIDAE e do gênero Aramus.
    O carão mede até 70 cm de comprimento, possuindo o corpo pardo-escuro com garganta branca, bico com mandíbula amarela, cabeça e pescoço estriados de branco e pernas negras. Espécie sem dimorfismo sexual.
  Alimenta-se de grandes caramujos aquáticos chamados aruás (furando-os com o bico), podendo comer ainda caramujos terrestres e pequenos lagartos. Captura os aruás na vegetação densa ou mesmo no fundo de lagos rasos, sem mergulhar, entrando na água somente até a altura da barriga.
   Faz ninho grande, como um cesto profundo, depositado sobre a vegetação alta dentro de brejos. Põe de 3 a 6 ovos de cor creme com manchas marrons.
  Habita localmente pântanos e campos alagados, margens de rios com vegetação baixa e manguezais. Vive solitário, eventualmente em grupos maiores, em poças de lama. Durante o período reprodutivo vive aos casais. É principalmente noturno, embora também ativo durante o dia. Quando não está se alimentando pode ser observado pousado em arbustos baixos.


OS INGAZEIROS FLORIDOS DA NOSSA LINDA PRIMAVERA, PODEM SER VISTOS DURANTE O INÍCIO DE OUTUBRO de 2013, PARA QUEM PRATICA CAMINHADAS, NA EXCELENTE PISTA DE CAMINHADA DA FAZENDA MODELO DE PEDRO LEOPOLDO.


   NA FAZENDA MODELO DE PEDRO LEOPOLDO, O CARÃO, foi visualizado dentro do leito do RIBEIRÃO DAS NEVES, como na foto deste post. Através de um binóculo,debaixo do Ingazeiro florido junto à segunda ponte sobre o RIO, que vem de SANTO ANTÔNIO DA BARRA,  O CARÃO pode ser ouvido através de um canto muito melancólico e muito alto,como se fosse uma ave meio entristecida reclamando da vida ruidosamente. Quem frequenta o QUIOSQUE FAZENDA MODELO, já deve ter ouvido o cantar alto do CHORÃO, que costuma caçar seus peixinhos que ainda restam no poluidíssimo RIBEIRÃO DAS NEVES, bem atrás do QUIOSQUE. 


   Todo o Brasil e também do sudeste dos Estados Unidos (Flórida) e México até a Argentina e o Uruguai.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

""CABEÇA SECA"". AVE DE NÚMERO 113 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...


FOTOGRAFIAS DE DOLY LITHZ.....BANDOS POUSADOS EM ÁRVORE...



Nome Científico: Mycteria americana( Linnaueus, 1758 )


O cabeça-seca é uma ave Ciconiforme da família Ciconiidae. Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça.

Esta AVE tem o poder de se migrar a longas distâncias e nada impede, que o bando que foi visualizado pelo fotógrafo do DOSSIÊ FAZENDA MODELO " O JARDEL VIEIRA", em março deste ano de 2013, e as  belas fotografias são da PROFESSORA DOLY LITHZ seja proveniente de outros lugares do BRASIL ou até fora daqui. ASSIM, não temos dúvida que a FAZENDA MODELO, com seus mananciais de natureza trata-se de uma importante rota migratória de aves do BRASIL. Não há dúvida que a preservação e o manejo sustentável da área natural da FAZENDA MODELO é algo que beneficia a manutenção da rota migratória de AVES do porte de um SOCÓ, de um CABEÇA SECA de BIGUAS, de BIGUATINGAS e algumas GARÇAS...Além disto, estudos sobre estas rotas e outras questões envolvendo as migrações de AVES ( já que na literatura científica há muitas dúvidas sobre as migrações de aves), poderiam ser executados nesta área...


Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e pesa em torno de 2,8 kg.Quando sobrevoa muito alto uma área, pode ser confundido com o Maguari. Diferente dos adultos, os juvenis possuem a cabeça e pescoço emplumados e o bico mais claro.

Alimentando-se coletivamente, com vários indivíduos se deslocando lado a lado na água rasa, movimentando o fundo lodoso com um dos pés para deslocar as presas.

Um comportamento muito curioso registrado por SICK (1984) é que os CABEÇA SECA em dias de muito calor é capaz de urinar nas suas pernas, que tocadas pelos ventos levam a uma sensação de frescor, diminuindo as sensações de calor muito intenso em dias de sol muito forte. As suas  pernas longas, assim, ficam esbranquiçadas de tanta urina condensada.

Constrói ninhais em capões de mata alagada.

Habita manguezais, pantanais e alagados permeados de florestas. Pousa no chão ou no alto de árvores e plana a grandes alturas sem muito esforço. Vive em grupos. Os jovens da espécie associam-se em bandos distintos, vivendo à parte dos casais.

São encontrados em quase todo o Brasil, principalmente no Pantanal e na costa do Nordeste. Sua distribuição no continente americano se estende do sul dos Estados Unidos à Argentina.

No Paraná, na região do alto/médio Iguaçu é uma espécie migrante, sendo encontrado nos meses de outubro a fevereiro com frequência em lagoas que margeiam o rio.(observação pessoal feita ao longo de 03anos Dimas Rocha).

Referências Bibliográficas.

Portal Brasil 500 Pássaros, Cabeça-seca - Disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1birds/p28.htm Acesso em 12 mai. 2009

terça-feira, 1 de outubro de 2013

"ANDORINHÃO DO TEMPORAL"...AVE DE NÚMERO 150 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...

     ESPÉCIE MIGRATÓRIA QUE CHEGA NA FAZENDA MODELO, ENTRE AGOSTO E SETEMBRO E MIGRA PARA O NORTE,  COM DESTINO À AMAZÔNIA, NO INVERNO BRASILEIRO...AINDA PODE SER VISTA POR AQUI ENTRE NÓS (OUTUBRO),  VOANDO SOBRE O PARQUE DE EXPOSIÇÕES "ASSIS CHATEUBRIANT.", NAS MANHÃS E À TARDINHA...



Nome Científico: Chaetura meridionalis (Hellmayr, 1907)


      Alimentam-se de Insetos voadores, como formigas e cupins alados, mutucas, libélulas, besouros, mariposas, moscas e vespas apanhadas durante o vôo...:

   Costuma construir seu ninho, fixado-os internamente nas chaminés das residências, em outras construções humanas ou em  ocos de árvores. Seus ovos são brancos normalmente de 3 a 5 ovos. provavelmente, devem estar construindo seus ninhos nos telhados das construções do PARQUE de EXPOSIÇÕES DA CIDADE DE PEDRO LEOPOLDO, pois a incidência destas andorinhas nos meses de AGOSTO E SETEMBRO, sempre vistas sobrevoando o Parque de Exposições, é muito grande. 





    Vive em diversos ambientes, sobrevoa regiões florestadas, compos, praias, áreas alagadas, e centros urbanos. .


Referências Bibliográficas: 


___  Sigristi, TOMAS..... AVIFAUNA BRASILEIRA. Avis brasilis. SÃO PAULO. 2013. 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"VITE-VITE DE OLHO CINZA."...AVE de NÚMERO 149 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO.

   
Nome Científico: Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835)

  Espécie endêmica do Brasil. O vite-vite-de-olho-cinza é uma ave passeriforme da família VIREONIDAE. Apresenta a íris cinza, fronte rufa, supercílio brancacento conspícuo, auriculares sem desenho negro ventral.

   Esta espécie é muito comum na nossa região SUDESTE, entretanto, ela não pode ser vista no mesmo local ao longo de todo o ano, pois, trata-se de um espécie pertencente a uma família de pássaros migratórios. O VITE-VITE é um migrante interno do BRASIL (ENDÊMICO) e costuma vir do  NORDESTE do BRASIL, desde o PIAUÍ e MARANHÃO, passando pela CAATINGA e chegando ao SUDESTE, quando o clima fica mais quente e úmido por aqui em MINAS GERAIS E SÃO PAULO. Comum em regiões mais urbanizadas e em estratos próximos às bordas de matas galeria próximas de cursos d'água. São arborícolas e na FAZENDA MODELO foi visualizada pela professora DOLY LITHZ (FOTO ABAIXO), com um ninho bem próximo da ESCOLA ESTADUAL DA FAZENDA MODELO. A ave estava formando pares, como a descrição da bibliografia (SICK, 1997) destaca que os VITE-VITES são encontrados solitários ou aos pares. 

   



             FOTO DA PROFESSORA DOLY LITHZ DA CIDADE DE PEDRO LEOPOLDO (MG)...


   
  Ave endêmica do Brasil, encontrada desde o extremo nordeste do Brasil (Piauí, Ceará, Paraíba) até Minas Gerais, o interior de São Paulo e Paraná.

    O VITE-VITE  é simpátrico com a espécie VERDINHO COROADO pertencente a mesma família dos VITE-VITE. Assim, é bem provável que na FAZENDA MODELO o VERDINHO COROADO esteja também representado. Vamos aguardar mais observações para confirmação desta hipótese. Segundo SICK (1997),  O VITE-VITE tornou-se uma nova espécie, a partir das migrações de grupos de VERDINHO COROADOS, que por ficarem isolados GEOGRAFICAMENTE, por algum fator climático, geológico ou até desmatamento ou barreira geográfica de outra natureza, evoluíram de forma darwiniana até tornarem-se outra espécie diferente do VERDINHO COROADO. 


VERDINHO COROADO...
Nome Científico: Hilophilus poicilotes 





  
  • Referências Bibliográficas: 

    Marcos A. Raposo, Ricardo Parrini e Marcelo Napoli. Taxonomia, morfometria e bioacústica do grupo específico Hylophilus poicilotis/H. amaurocephalus(Aves, Vireonidae). Ararajuba, 6(2): 87-109 dezembro 1998. Disponível emhttp://www.ornitologia.mn.ufrj.br/equipe/marcos_raposo/publicacoes/Taxonomia_Hylophilus.pdf Acesso em 14 Out. 2009.

    SiCK, Helmut . ORNITOLOGIA BRASILEIRA. EDITORA UNB. BRASÍLIA. 1997. 

    Sigrist, Tomas. AVIFAUNA BRASILEIRA. AVISBRASILIS. VINHEDO SP. Terceira Edição. 2013. 


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SOCOZINHO. AVE DE NÚMERO 146 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO.


Nome Científico: Butorides striata (Linnaeus, 1758)


  Sua alimentação é obtida capturando peixes, principalmente, nas águas rasas de um rio. E foi assim , que o SOCOZINHO foi vizualizado da primeira ponte da FAZENDA MODELO, na bela manhã de primavera do domingo dia 22 de SETEMBRO de 2013. Os  peixes, anfíbios, pequenos répteis e invertebrados capturados dentro d'água são suas presas prediletas.  Como técnica de pesca, fica parado à espreita, equilibrando-se num galho a baixa altura, próximo da borda d'água; inclina-se para frente até o bico encostar n'água e nesse momento apanha a presa.


O socozinho é uma ave da ordem Pelecaniformes da família Ardeidae. Conhecido também como socó-estudante, soco-í e socó-mirim (Pará), socó-mijão e socó-tripa.
Tem cerca de 36 centímetros. É inconfundível, devido às suas pernas curtas e amarelas e pelo seu andar agachado.
Alimenta-se de peixes, insetos aquáticos (imagos e larvas), caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis. Permanece imóvel por longos períodos, empoleirado sobre a água ou em suas proximidades, à espera de presas.
Vive solitário o ano inteiro e  foi vizualizado sempre solitário na FAZENDA MODELO de PEDRO LEOPOLDO. No período reprodutivo, costuma fazer seus ninhos separado das demais aves da família ou mesmo da espécie, sendo raro encontrar colônias desse Socó. Não chega a desenvolver uma plumagem especial de reprodução como as garças. A íris e as pernas ficam vermelhas nessa fase. Às vezes nidifica em colônias. Constrói seu ninho sobre árvores ou arbustos nos brejais. Os ovos são esverdeados ou verde-azulados (às vezes brancos ou esbranquiçados), uniformes. Põe 3 a 4 ovos.
Os adultos costumam coletar o alimento da prole a grande distância do ninhal. A procriação procede geralmente no início ou no fim da estação seca, quando o alimento para as aves aquáticas é normalmente mais farto.
Qualquer lugar que haja água. Tanto no interior do continente como nos manguezais. É migratório. Anda como se esgueirasse, a passos largos e como se observasse um perigo ou uma oportunidade. Voa devagar, com o pescoço encolhido e as pernas esticadas. Para dormir, não volta a cabeça para trás, e sim mantém o bico dirigido para a frente. Costuma colocar o bico verticalmente para baixo de encontro ao peito dentre a plumagem, o qual oculta completamente. Gosta de dias chuvosos e escuros, sente-se à vontade tanto com espécies noturnas como diurnas.
Presente em todo o Brasil e nas regiões de clima quente ao redor do planeta, na América, África, Ásia, Austrália e ilhas do oeste do Oceano Pacífico.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição - FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Chistian Dalgas Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda Pág. 214