segunda-feira, 18 de novembro de 2013

JOÃO BOBO...AVE de NÚMERO 159 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...

Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) 

 O João Bobo vizualisado na Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo foi visto em diferentes oportunidades sempre pousado no mesmo galho de uma árvore ressecada, localizada na borda da mata de capoeira bem próxima de curso do RIBEIRÃO DAS NEVES, logo depois do portão de entrada da Pista de Caminhada, hoje muito visitada por turistas de BELO HORIZONTE, MATOZINHOS E CAPIM BRANCO, o que é sempre bom como oferta de TURISMO ECOLÓGICO na cidade de PEDRO LEOPOLDO. O TURISMO ECOLÓGICO representa uma grande novidade que vem surgindo na cidade, embora não tenha sido uma iniciativa surgida por investimentos em políticas públicas através de SECRETARIAS MUNICIPAIS. As ações dos poderes públicos existem, embora, ainda, muito incipientes em termos de investimentos consideráveis em projetos gerados com planejamento urbano no setor de meio ambiente. Pela frequência  já tão bem significativa de turistas e de cidadãos de PEDRO LEOPOLDO, já era hora de investirem-se recursos públicos para investimentos em Turismo Ecológico no local e em outros que estão surgindo, como o CAPÃO e o entorno do novo PARQUE DAS AROEIRAS no sentido de SÃO JOSÉ DA LAPA e distrito de INÁCIA de CARVALHO, além do  PARQUE do SUMIDOURO, em termos de infra-estrutura turística urbana. 

   Investir recursos públicos em 2014 para o turismo ecológico na cidade de PEDRO LEOPOLDO, já devia ter sido contemplado com previsões orçamentarias, que foram aprovadas no legislativo para 2014. Já se reconhecem as ações de cuidado com capinas, podas e limpezas no entorno da Pista de Caminhada, o que outras gestões nem se aproximaram de cuidar com tanta regularidade, como vem sendo feito em 2013. Entretanto, isto ainda será muito pouco, se considerarmos o retorno em oferta de qualidade de vida para a comunidade, que vive há muito tempo uma carência por alternativas culturais e de contato com natureza, pois na cidade ainda prevalece uma indústria do prazer muito alimentadora do descuido com a saúde, o que tem gerado perdas muito precoces de vidas, por abusos e descuido com a própria vida, principalmente, entre os jovens, em especial entre os homens e menos em mulheres, que perdem a vida muito cedo, como vítimas da falta de oferta de práticas culturais mais saudáveis.  Isto também deve se refletir em forma de delinquência juvenil, que está diretamente associada aos crimes e delitos contra a vida humana. 
 

 FOTO DA PRAÇA DO CENTRO DA CIDADE DE ARACAJU, ONDE HÁ UM VISÍVEL INVESTIMENTO DA GESTÃO PÚBLICA, PARA UMA CIDADE POUCO MAIOR QUE SETE LAGOAS(MG). ARACAJU CONTA HOJE COM 132 PRAÇAS bem cuidadas, COMO A DA FOTO ACIMA.


    Em cidades brasileiras tais quais ARACAJU (FOTO) E JOÂO PESSOA, onde se investe pesado em cuidados com os espaçõs públicos, os índices de delinquência e a insegurança pública são bem insignificantes, comparados com regiões como a nossa, em que investir nos cuidados com PRAÇAS PÙBLICAS, PARQUES DE NATUREZA E CULTURA de QUALIDADE COM ÊNFASE NA IDENTIDADE REGIONAL, ainda  não faz parte de políticas públicas mais eficazes e com mais recursos humanos, logísticos e infra-estrutura local, além de cuidados com manutenção, gestão e projetos de educação  ambiental.  

   O joão-bobo é uma ave albuliforme da família Bucconidae. O hábito de ficarem parados, imóveis, mesmo com a aproximação de uma pessoa, deu-lhe os nomes comuns mais utilizados no centro-oeste. Essa sua estratégia dificulta a detecção, mas facilita o abate, vindo daí o nome de apara-bala ou joão-bobo. Também é conhecido pelos nomes comuns de capitão-de-bigode, chacuru, chicolerê, colhereiro, dormião, dorminhoco, fevereiro, jacuru, joão-tolo, jucuru, macuru, paulo-pires, pedreiro, rapazinho-dos-velhos, sucuru e tamatiá. Apresenta 2 subespécies:
  • Nystalus chacuru chacuru.
  • Nystalus chacuru uncirostris.
   Mede cerca de 18 centímetros. A cabeça é grande em relação ao corpo, com os tons negros e cinza amarronzados fazem forte contraste as áreas brancas ao redor do olho e bico, de cor avermelhada. A coleira branca da nuca liga-se ao tom cinza claro das partes inferiores, em contraste com o dorso amarronzado. A cauda é longa e fina, com uma série de listras finas mais escuras. Pousado, quase não se vê os pequenos pés. Íris amarelada
  Alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados, como lagartos e pererecas. Apanham suas presas esperando por sua passagem a partir de um poleiro nas galhadas dos cerrados, borda de cerradão e mata.
  Possuem um canto alto, chorado, em que parece estar dizendo “chacuru, chacuru”. Ele é mais emitido no período de reprodução (setembro a dezembro), quando pode ser escutado até nas noites claras. Macho e fêmea respondem um ao outro, bem como aos casais vizinhos, formando um longo coro.
Constrói seu ninho em buracos profundos, que cava em barrancos, solo acidentado ou às vezes mesmo em terreno plano, acabando em uma câmara incubatória, onde põe geralmente 2 a 4 ovos brancos e brilhantes.
  
Habita bordas de matas secas, capoeiras, matas de galeria, campos semeados de árvores, cerrado, caatinga, campos de cultura (cafezais, etc.); ao lado de estrada de ferro, pousando sobre fios elétricos, ruas arborizadas, beira de estradas e parques. Em muitos lugares é comum. Nos locais habitados, usa fios para se empoleirar. Evita entrar nas formações fechadas. Quando fica nervoso ou assustado movimentam a cauda com lentas oscilações laterais e também movimentos circulares; parando a cauda às vezes fora do eixo, provocando um aspecto estranho; imobiliza-se obliquamente quando assustado. Quando apanhado vivo, finge-se de morto para fugir inesperadamente. Vive periodicamente em pequenos grupos, que constituem aparentemente famílias (pais com filhotões); pernoitam pousados em galhos, encostando um no outro. Voz: Estrofe trissilábica, trêmula e descendente, macho e fêmea respondem-se mutuamente, “türu türu türu (fevereiro); seqüência prolongada e descendente morrendo terminalmente, “türu…..” (canto), emitido em todas as horas do dia mas mais eloqüentemente após o pôr-do-sol até o anoitecer, quando toda a população local participa da cantoria; “rr-rr-rr” (advertência).
 
Ocorre do alto rio Madeira (Amazonas, Maranhão, Nordeste do Brasil e leste do Peru), ao Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina (Missiones). No sul aparentemente migratório.
  Status de conservação: LC ( IUCN ).

 

Referências Bibliográficas:

Artigos

  • M. A. Crozariol & F. B. R. Gomes. Insetívoro ou Oportunista? A dieta do joão-bobo, Nystalus chacuru (Galbuliformes: Bucconidae). Atualidades Ornitológicas(www.ao.com.br) Nº 154, Pág. 14.

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