sexta-feira, 14 de agosto de 2015

PRÍNCIPE...AVE de NÚMERO 184 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...






  Nosso Barão de Melgaço* ( ver explicação logo adiante neste texto) de PEDRO LEOPOLDO,  trazendo para nós os bailados e cantorias de SÃO JOÃO. IMAGEM ( AGOSTO de 2015 ) feita pelo  FOTÓGRAFO Jardel Vieira, que mora na  cidade de PEDRO LEOPOLDO em MINAS GERAIS. Ave pousada num bambu seco no interior do espaço natural da FAZENDA MODELO de PEDRO LEOPOLDO, trata-se do macho do lindo "Príncipe"...

   NOME CIENTÍFICO: Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) 
   A Etimologia no nome científico vem do (grego) purrhos = cor da chama, vermelho intenso; ekephalos = com a cabeça, cabeça; e do (latim) rubeus, rubinus = da cor do rubi, vermelho. A fêmea é bem diferente do vermelho rubro-negro dos machos.

            NÃO SE TRATA DE PRINCESA, MAS UMA FÊMEA DO PRÍNCIPE. ( IMAGEM DO WIKI AVES...)

   Recebe outros nomes comuns, além de príncipe. Na região pantaneira recebe o nome comum de *Barão do Melgaço e indica a chegada próxima à festa de São João, no final de junho, quando é mais notado. Podendo ser chamado ainda no município de Barão de Melgaço, assim como na maioria do Pantanal (Poconé, Cáceres) como são-joãozinho. É popularmente denominado de “Sangue de boi” no sul do Brasil, assim como “verão” no extremo sul do Brasil, indicando a chegada, por lá, no período em que o tempo esquenta, após o inverno. Também é conhecido como papa-moscas-vermelho e mãe-do-sol no interior de São Paulo.
   O macho, em plumagem de reprodução, é inconfundível. O vermelho vivo da parte ventral contrasta com o dorso escuro. Atrás dos olhos, uma linha escura reforça o contraste e torna-o único. Na fêmea, no macho juvenil e no macho adulto, entre março e julho, a plumagem da região ventral é cinza clara com estrias mais escuras. Barriga com penas levemente róseo alaranjado ou amareladas (juvenis) ou avermelhadas(adulto). A linha escura atrás dos olhos presente, com o dorso em tom escuro, embora menos contrastante do que na plumagem reprodutiva.

Possui onze raças,variações ou subespécies:
  • Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) - ocorre no Sudeste e Centro Oeste do Brasil, Sudeste da Bolívia, Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina;
  • Pyrocephalus rubinus obscurus (Gould, 1839) - ocorre no Oeste do Peru na região de Lima;
  • Pyrocephalus rubinus cocachacrae (Zimmer, 1941) = ocorre no Sudoeste do Peru na região de Ica até a região de Tacna e na região adjacente do Norte do Chile;
  • Pyrocephalus rubinus major (Pelzeln, 1868) - ocorre no Sudeste do Peru na região de Cuzco e Puno;
  • Pyrocephalus rubinus ardens (Zimmer, 1941) - ocorre no Norte do Peru nas regiões de Cajamarca, Amazonas e no extremo Leste de Piura;
  • Pyrocephalus rubinus mexicanus (P. L. Sclater, 1859) - ocorre na porção árida do Sudoeste do Texas nos Estados Unidos da América até os estados de Guerrero, Oaxaca, Puebla e Veracruz no México;
  • Pyrocephalus rubinus flammeus (Van Rossem, 1934) - ocorre na porção árida do Sudoeste dos Estados Unidos da América até a região da Baja California e Noroeste do Mexico, região de Nayarit;
  • Pyrocephalus rubinus blatteus (Bangs, 1911) - ocorre no Sudoeste do México no estado de Veracruz até a Guatemala e Honduras;
  • Pyrocephalus rubinus pinicola (T. R. Howell, 1965) - ocorre na savana do Nordeste da Nicarágua;
  • Pyrocephalus rubinus saturatus (Berlepsch & Hartert, 1902) - ocorre no Nordeste da Colômbia até o Norte da Venezuela, Guyana e Norte do Brasil;
  • Pyrocephalus rubinus piurae (Zimmer, 1941) - ocorre na Colômbia, no Oeste do Equador .

Reprodução

Se reproduzem na primavera ao retornarem da migração. O ninho tem forma de tigela chata e é revestido por raízes e musgos, e no interior contém painas e lãs. Colocam de 4 a 5 ovos. No período reprodutivo, o macho adquire coloração vermelha da plumagem, e após a reprodução ele adquire penas marrons, características do descanso sexual. São chamadas popularmente de verão, pois são residentes do verão. No período reprodutivo o macho voa adquirindo aspecto de uma borboleta e nessa ocasião canta bastante.
Vivem em campos e cerrados. Além das cores, destaca-se por seu hábito de pousar em galhos expostos, cercas e fios. Ocupa os ambientes abertos, desde campos, praias de rio com arbustos até cerrado e bordas de vegetação florestal. Não penetra em áreas com adensamento de vegetação. Utiliza ambientes criados pelas mãos humanas, sendo notável e jardins e parques urbanos. Ainda pode ser observado na periferia de cidades.
  São aves migratórias. No inverno, vão da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia e retornam na primavera-verão. São normalmente encontrados aos pares.

  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


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