sábado, 23 de novembro de 2013

""PITIGUARÍ""...AVE DE NÚMERO 162 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...


   Nome Científico: Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789)

 Também denominado popularmente de gente-de-fora-vem, segundo a sonoridade de seu canto. O PITIGUARI foi vizualisado na orla da pista de caminhada da FAZENDA MODELO no dia 22 de NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA), em torno das 7 horas da manhã NUBLADA. O local da vizualisação foi num ponto muito prolífico em diversidade de aves, que trata-se de um local, bem próximo à árvore seca do nosso URUTAU, bem em frente ao portão  de entrada do LANAGRO.  
  Seu nome significa do (grego) kuklos = círculo; e rhis, rhinos = narinas; e gujanensis = relativo a localidade, relativo a Guiana Francesa. ⇒ Pássaro com narinas redondas.
  Mede cerca de 16,5 centímetros, tem cabeça e bico desproporcionais ao corpo. O bico é todo acinzentado com leve tom róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parece um bico de uma ave de rapina em um pássaro. As cores são únicas, com a cabeça e nuca acinzentadas, uma nítida e característica faixa marrom avermelhada sobre os olhos (laranja escuro nos adultos, marrom uniforme nos juvenis). Alto da cabeça oliváceo ou cinza escuro. No peito, uma larga faixa amarelada separa a barriga e garganta cinza claro, quase branco. Dorso pardo esverdeado. Macho e fêmea são idênticos.

 Alimenta-se de invertebrados apanhados no meio da vegetação, onde é surpreendente como esconde-se bem. Vistoria as folhas cuidadosamente, às vezes penetrando nos emaranhados mais densos. Apanha lagartas grandes, maiores do que se imaginaria, pelo seu porte. Mata as presas com o bico forte e batendo-as contra os galhos. Ainda alimenta-se de larvas e pequenos frutos.
 Vive em casais, os machos ligeiramente maiores do que as fêmeas, mas é necessário observá-los juntos para conseguir determinar o sexo. Entre julho e novembro (período reprodutivo), cantam  intensamente o melodioso chamado flautado, entendido como os nomes comuns dado à espécie. Uma ave responde à outra, enquanto andam na parte alta e média da mata. Ocasionalmente, vistoria arbustos baixos. Responde a seu canto imitado ou gravado, procurando a fonte emissora. Agressivo, ataca outros pitiguaris em seu território. A maior parte da construção do ninho  é um trabalho da fêmea que utiliza fibras vegetais na confecção de uma tigela aberta e funda, revestida com musgos. O ninho é bem preso numa forquilha de árvores com auxílio de teias de aranha. Nele são postos os ovos branco-avermelhados com salpicos roxos e brancos, medindo 24 por 18 milímetros. O macho e a fêmea revezam-se na incubação, durante cerca de 14 dias, e alimentam os filhotes.
   Vive na borda de matas, capoeiras, capões nas caatingas, parques e jardins. Fora do período reprodutivo, pode passar desapercebido, enquanto vistoria a folhagem. Pousa na parte externa das árvores, a plena luz. Acostuma-se a ambientes criados por ação humana.
Vive escondido na folhagem das árvores, sendo denunciado pela sua vocalização. Canta em todos os meses do ano, às vezes mais de uma hora seguida e, depois, cala-se por algum tempo.
Ocorre em grande parte do Brasil, exceto em pequena área da Amazônia ocidental.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

Nenhum comentário:

Postar um comentário