quarta-feira, 19 de agosto de 2015

JOÃO GARRANCHO. AVE de Número 09 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO.

        Nome científico: Phacellodomus rufifrons rufifrons (Wied-Neuwied, 1821) 

  Imagem rara e difícil, obtida pelo FOTÓGRAFO Jardel Vieira na região do cerrado em PEDRO LEOPOLDO, MG.

          Possui 6 raças ou variações geográficas, a saber:
  • Phacellodomus rufifrons rufifrons (Wied-Neuwied, 1821) ocorre no Leste do Brasil nos estados do Piauí, Bahia e Minas Gerais;
  • Phacellodomus rufifrons specularis (Hellmayr, 1925) ocorre no Nordeste do Brasil no estado de Pernambuco;
  • Phacellodomus rufifrons sincipitalis (Cabanis, 1883) ocorre na Bolívia nas regiões de Santa Cruz e Tarija e no Noroeste da Argentina;
  • Phacellodomus rufifrons peruvianus (Hellmayr, 1925) ocorre no Noroeste do Peru na região do Vale do Rio Marañón e na região adjacente no Sul do Equador;
  • Phacellodomus inornatus inornatus (Ridgway, 1887) ocorre nos alagados (Llanos) do Nordeste da Colômbia e Venezuela;
  • Phacellodomus inornatus castilloi (W. H. Phelps & Aveledo, 1987) ocorre no Sul do Venezuela no norte da região de Bolívar.


  "A ave em si é muito mais difícil de ser observada do que seu ninho. Além do porte, possui o comportamento de ficar escondida no meio das folhas de árvores e arbustos, voando rapidamente de pouso a pouso. Movimenta-se muito e logo dá o alarme, com piados agudos, sobre a presença de estranhos. Nesses momentos, os membros do grupo (varia de um casal até 10 aves) passam a repetir o chamado, enchendo a vegetação de gritos, mas pouco aparecendo."
  ( TEXTO COPIADO E TRANSCRITO DO WIKIAVES...)

  "Também é conhecido como carrega-madeira (Bahia), teutônio, joão-garrancho, joão-graveto (Minas Gerais), joão-graveteiro e casaca-de-couro (Pernambuco), carrega-pau (norte do Rio de Janeiro), guacho e joão-peneném (Zona da Mata Mineira)"...

"A FÚRIA SERENA DO FOTÓGRAFO"...

E o "JOÃO-GARRANCHO" é "CARREGA-MADEIRA" na Bahia,
Que como Pernambucano é "CASACA-DE-COURO" de dia,
Levando no lombo de penas, as cruzes leves de porretes,
Sem usuras prás guerras de ataques,mas cantando falsetes.

E vai o "GRAVETEIRO" mordaz cantador em terras do FREVO,
Sumindo dos olhares persecutórios da vilania dos homens,
Saltitantes entre um galinho de bodoque, sem nuances e relevo,
Enfurecendo o fotógrafo impaciente com a AVE HIPERATIVA.

De repente, focalizado na ponta da focagem da imagem VIVA,
Some dos olhos da máquina tresloucada pela foto do animal,
Difícil demais para ser verdade, a fotografia do CARREGA-PAU.

E vai sumindo, voando com paus no bico, junto com os amigos,
Deixando muito mais em serena fúria, o catador de imagens,
Que fez magia de cartola, com a câmara escorada no UMBIGO.

E DA ESCURIDÃO DA LUZ DO PRIMEIRO DIA...
AFINAL, A LUZ FOI FEITA DOS BONS GRAVETOS.


EIS A IMAGEM DA ALMA, QUE OLHA DE DENTRO AS BELEZAS DO MUNDO DE FORA!


Pr Dr Gisnaldo Amorim Pinto.
PEDRO LEOPOLDO.MG.
19 de AGOSTO de 2015.

 * FOTOGRAFIAS RARAS, FEITAS PELA PACIÊNCIA do ARTÍFICE de OFÍCIO RARO: Jardel Vieira de Pedro Leopoldo em Minas Gerais.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

PRÍNCIPE...AVE de NÚMERO 184 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...






  Nosso Barão de Melgaço* ( ver explicação logo adiante neste texto) de PEDRO LEOPOLDO,  trazendo para nós os bailados e cantorias de SÃO JOÃO. IMAGEM ( AGOSTO de 2015 ) feita pelo  FOTÓGRAFO Jardel Vieira, que mora na  cidade de PEDRO LEOPOLDO em MINAS GERAIS. Ave pousada num bambu seco no interior do espaço natural da FAZENDA MODELO de PEDRO LEOPOLDO, trata-se do macho do lindo "Príncipe"...

   NOME CIENTÍFICO: Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) 
   A Etimologia no nome científico vem do (grego) purrhos = cor da chama, vermelho intenso; ekephalos = com a cabeça, cabeça; e do (latim) rubeus, rubinus = da cor do rubi, vermelho. A fêmea é bem diferente do vermelho rubro-negro dos machos.

            NÃO SE TRATA DE PRINCESA, MAS UMA FÊMEA DO PRÍNCIPE. ( IMAGEM DO WIKI AVES...)

   Recebe outros nomes comuns, além de príncipe. Na região pantaneira recebe o nome comum de *Barão do Melgaço e indica a chegada próxima à festa de São João, no final de junho, quando é mais notado. Podendo ser chamado ainda no município de Barão de Melgaço, assim como na maioria do Pantanal (Poconé, Cáceres) como são-joãozinho. É popularmente denominado de “Sangue de boi” no sul do Brasil, assim como “verão” no extremo sul do Brasil, indicando a chegada, por lá, no período em que o tempo esquenta, após o inverno. Também é conhecido como papa-moscas-vermelho e mãe-do-sol no interior de São Paulo.
   O macho, em plumagem de reprodução, é inconfundível. O vermelho vivo da parte ventral contrasta com o dorso escuro. Atrás dos olhos, uma linha escura reforça o contraste e torna-o único. Na fêmea, no macho juvenil e no macho adulto, entre março e julho, a plumagem da região ventral é cinza clara com estrias mais escuras. Barriga com penas levemente róseo alaranjado ou amareladas (juvenis) ou avermelhadas(adulto). A linha escura atrás dos olhos presente, com o dorso em tom escuro, embora menos contrastante do que na plumagem reprodutiva.

Possui onze raças,variações ou subespécies:
  • Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) - ocorre no Sudeste e Centro Oeste do Brasil, Sudeste da Bolívia, Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina;
  • Pyrocephalus rubinus obscurus (Gould, 1839) - ocorre no Oeste do Peru na região de Lima;
  • Pyrocephalus rubinus cocachacrae (Zimmer, 1941) = ocorre no Sudoeste do Peru na região de Ica até a região de Tacna e na região adjacente do Norte do Chile;
  • Pyrocephalus rubinus major (Pelzeln, 1868) - ocorre no Sudeste do Peru na região de Cuzco e Puno;
  • Pyrocephalus rubinus ardens (Zimmer, 1941) - ocorre no Norte do Peru nas regiões de Cajamarca, Amazonas e no extremo Leste de Piura;
  • Pyrocephalus rubinus mexicanus (P. L. Sclater, 1859) - ocorre na porção árida do Sudoeste do Texas nos Estados Unidos da América até os estados de Guerrero, Oaxaca, Puebla e Veracruz no México;
  • Pyrocephalus rubinus flammeus (Van Rossem, 1934) - ocorre na porção árida do Sudoeste dos Estados Unidos da América até a região da Baja California e Noroeste do Mexico, região de Nayarit;
  • Pyrocephalus rubinus blatteus (Bangs, 1911) - ocorre no Sudoeste do México no estado de Veracruz até a Guatemala e Honduras;
  • Pyrocephalus rubinus pinicola (T. R. Howell, 1965) - ocorre na savana do Nordeste da Nicarágua;
  • Pyrocephalus rubinus saturatus (Berlepsch & Hartert, 1902) - ocorre no Nordeste da Colômbia até o Norte da Venezuela, Guyana e Norte do Brasil;
  • Pyrocephalus rubinus piurae (Zimmer, 1941) - ocorre na Colômbia, no Oeste do Equador .

Reprodução

Se reproduzem na primavera ao retornarem da migração. O ninho tem forma de tigela chata e é revestido por raízes e musgos, e no interior contém painas e lãs. Colocam de 4 a 5 ovos. No período reprodutivo, o macho adquire coloração vermelha da plumagem, e após a reprodução ele adquire penas marrons, características do descanso sexual. São chamadas popularmente de verão, pois são residentes do verão. No período reprodutivo o macho voa adquirindo aspecto de uma borboleta e nessa ocasião canta bastante.
Vivem em campos e cerrados. Além das cores, destaca-se por seu hábito de pousar em galhos expostos, cercas e fios. Ocupa os ambientes abertos, desde campos, praias de rio com arbustos até cerrado e bordas de vegetação florestal. Não penetra em áreas com adensamento de vegetação. Utiliza ambientes criados pelas mãos humanas, sendo notável e jardins e parques urbanos. Ainda pode ser observado na periferia de cidades.
  São aves migratórias. No inverno, vão da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia e retornam na primavera-verão. São normalmente encontrados aos pares.

  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


O TAPECURU de CARA PELADA de VOLTA...



 Belo flagra do FOTÓGRAFO Jardel Vieira do casal de TAPECURUS de CARA PELADA, bebendo da água imunda e contaminada com Coliformes de Fezes e urina humana.  Trata-se de eventuais aves migratórias do NORTE AMAZÔNICO, que aqui na região da FAZENDA MODELO, chegam em meados de AGOSTO, como refúgio da seca de pontos da região amazônica neste período do ano.





  OS TAPECURUS andam por este mês de AGOSTO de 2015, sobrevoando a Orla da MATA do RIBEIRÃO das NEVES, junto a pista de caminhada da Av Rômulo Joviano na FAZENDA MODELO em PEDRO LEOPOLDO ( ...MG...).

    O canto é bem agônico e alguns transeuntes por ali, costumam ficar assustados, com o canto alto, agudo e choroso vindo da mata do lado RIO poluído nas manhãs e crepúsculos deste mês de agosto.

   Não se trata de alma penada e nem ASSOMBRAÇÃO. Muito menos são SACIS PERERÊS fazendo festa, dançando,  bebendo e fumando cachimbo. As crendices populares já nos renderam lindos causos e alimentaram a veia literária de GUIMARÃES ROSA em CORDISBURGO, muito perto daqui. Mas, há que termos limites, quando a vida e sobrevivência da espécie pode ser colocada em risco, mas pura ignorância científica.

   O TAPECURU chega da AMAZÔNIA neste período para se acasalar. Depois disto desaparece e no próximo ano retornará fazendo sua rota migratória pela manutenção de sua vida.

   Assim, estamos na cidade de PEDRO LEOPOLDO em MINAS GERAIS,  com um ambiente confirmado de REFÚGIO de VIDA SILVESTRE muito importante para ser registrado pela ORNITOLOGIA BRASILEIRA, já que há uma publicação de ornitólogo profissional qualificado, confirmando a região de 660 Hectáres da FAZENDA MODELO, como refúgio da GARÇA AZUL,  autóctone da SERRA do MAR.

   A GARÇA AZUL foi visualizada em DEZEMBRO 2013, pelos voluntários do GRUPO de PESQUISAS e ESTUDOS ORNITOLÓGICOS do DOSSIÊ FAZENDA MODELO. Em 2015 já foi visualizada por aqui de novo.

   Já que a SERRA do MAR, com o que resta, em pouco mais de 3% da vegetação original de MATA ATLÂNTICA, é conveniente que esta nossa região do entorno do APPA CARSTE LAGOA SANTA, seja cuidada com o devido e mais racional carinho logístico, para que muitas aves que nos restam neste país, não entrem definitivamente em extinção, sem volta.

  Estas nossas áreas, tais a FAZENDA MODELO e o PARQUE do SUMIDOURO, e outras por aqui, estão salvando muitas aves que por aqui refugiam, das SERRAS ELÉTRICAS ASSASSINAS, mortais para a nossa natureza.

Pr Dr Gisnaldo Amorim Pinto.
Coordenador do GRUPO AVE FAUNA de PEDRO LEOPOLDO.
14 de AGOSTO de 2015!


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http://www.fotografandopassarinhos.com.br/2013/10/tapicuru-de-cara-pelada-phimosus.html