NOME CIENTÍFICO: Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783)
A Etimologia no nome científico vem do (grego) purrhos = cor da chama, vermelho intenso; ekephalos = com a cabeça, cabeça; e do (latim) rubeus, rubinus = da cor do rubi, vermelho. A fêmea é bem diferente do vermelho rubro-negro dos machos.
Recebe outros nomes comuns, além de príncipe. Na região pantaneira recebe o nome comum de *Barão do Melgaço e indica a chegada próxima à festa de São João, no final de junho, quando é mais notado. Podendo ser chamado ainda no município de Barão de Melgaço, assim como na maioria do Pantanal (Poconé, Cáceres) como são-joãozinho. É popularmente denominado de “Sangue de boi” no sul do Brasil, assim como “verão” no extremo sul do Brasil, indicando a chegada, por lá, no período em que o tempo esquenta, após o inverno. Também é conhecido como papa-moscas-vermelho e mãe-do-sol no interior de São Paulo.
O macho, em plumagem de reprodução, é inconfundível. O vermelho vivo da parte ventral contrasta com o dorso escuro. Atrás dos olhos, uma linha escura reforça o contraste e torna-o único. Na fêmea, no macho juvenil e no macho adulto, entre março e julho, a plumagem da região ventral é cinza clara com estrias mais escuras. Barriga com penas levemente róseo alaranjado ou amareladas (juvenis) ou avermelhadas(adulto). A linha escura atrás dos olhos presente, com o dorso em tom escuro, embora menos contrastante do que na plumagem reprodutiva.
Possui onze raças,variações ou subespécies:
- Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) - ocorre no Sudeste e Centro Oeste do Brasil, Sudeste da Bolívia, Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina;
- Pyrocephalus rubinus obscurus (Gould, 1839) - ocorre no Oeste do Peru na região de Lima;
- Pyrocephalus rubinus cocachacrae (Zimmer, 1941) = ocorre no Sudoeste do Peru na região de Ica até a região de Tacna e na região adjacente do Norte do Chile;
- Pyrocephalus rubinus major (Pelzeln, 1868) - ocorre no Sudeste do Peru na região de Cuzco e Puno;
- Pyrocephalus rubinus ardens (Zimmer, 1941) - ocorre no Norte do Peru nas regiões de Cajamarca, Amazonas e no extremo Leste de Piura;
- Pyrocephalus rubinus mexicanus (P. L. Sclater, 1859) - ocorre na porção árida do Sudoeste do Texas nos Estados Unidos da América até os estados de Guerrero, Oaxaca, Puebla e Veracruz no México;
- Pyrocephalus rubinus flammeus (Van Rossem, 1934) - ocorre na porção árida do Sudoeste dos Estados Unidos da América até a região da Baja California e Noroeste do Mexico, região de Nayarit;
- Pyrocephalus rubinus blatteus (Bangs, 1911) - ocorre no Sudoeste do México no estado de Veracruz até a Guatemala e Honduras;
- Pyrocephalus rubinus pinicola (T. R. Howell, 1965) - ocorre na savana do Nordeste da Nicarágua;
- Pyrocephalus rubinus saturatus (Berlepsch & Hartert, 1902) - ocorre no Nordeste da Colômbia até o Norte da Venezuela, Guyana e Norte do Brasil;
- Pyrocephalus rubinus piurae (Zimmer, 1941) - ocorre na Colômbia, no Oeste do Equador .
Reprodução
Se reproduzem na primavera ao retornarem da migração. O ninho tem forma de tigela chata e é revestido por raízes e musgos, e no interior contém painas e lãs. Colocam de 4 a 5 ovos. No período reprodutivo, o macho adquire coloração vermelha da plumagem, e após a reprodução ele adquire penas marrons, características do descanso sexual. São chamadas popularmente de verão, pois são residentes do verão. No período reprodutivo o macho voa adquirindo aspecto de uma borboleta e nessa ocasião canta bastante.
Vivem em campos e cerrados. Além das cores, destaca-se por seu hábito de pousar em galhos expostos, cercas e fios. Ocupa os ambientes abertos, desde campos, praias de rio com arbustos até cerrado e bordas de vegetação florestal. Não penetra em áreas com adensamento de vegetação. Utiliza ambientes criados pelas mãos humanas, sendo notável e jardins e parques urbanos. Ainda pode ser observado na periferia de cidades.
São aves migratórias. No inverno, vão da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia e retornam na primavera-verão. São normalmente encontrados aos pares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Aves Pantanal - disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/210.htm Acesso em 19 abr. 2009.
- Prefeitura Municipal de São Paulo Acesso em 19 abr. 2009.
- CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
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