domingo, 27 de outubro de 2013

"CHOCA DA MATA". AVE de NÚMERO 156 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...

    Nome Científico:Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816)

CHOCA DA MATA MACHO.
     
  Esta espécie trata-se de uma identificação bem precária e sujeita a correções e novos ajustes em termos até mesmo de variáveis (SUBESPÉCIES) diferentes que vivem juntas, confundindo a todos os especialistas, por serem um grupo ainda muito pouco estudado no BRASIL. Na FAZENDA MODELO esta suposta espécie de CHOQUINHA DA MATA, que conta atualmente com 12 subespécies descritas no BRASIL, foi visualizada em duas oportunidades, uma delas, no dia de DOMINGO 27 de OUTUBRO de 2013, pousada numa árvore da praça do QUIOSQUE DA FAZENDA MODELO. Há um mês atrás foi visualizada pousada no fio da  rede elétrica no interior da FAZENDA MODELO, bem próximo do PORTÃO PRINCIPAL DA FM... Oa duas CHOCAS visualizadas eram ambas machos. 
   O gênero Thamnophilus ainda é motivo de muitas controvérsias entre os ornitólogos que ainda não chegaram a conclusões bem fundamentadas sobre o status taxonômico de boa parte de suas espécies, inclusive a choca-da-mata. Seu nome em inglês, variable antshrike, diz muito sobre sua aparência, que é de fato muito variável. Existem pelo menos 12 subespécies e talvez algumas delas ainda sejam separadas em espécies distintas. Como se não bastasse ainda há uma outra espécie, na verdade um grupo de subespécies que têm sido elevadas a espécies, que é o das chocas-pintalgadas (Thamnophilus punctatus), muito parecidas com as chocas-barradas, mas tendendo a apresentar uma coroa mais negra e as manchas das asas e da cauda mais definidas. Também chamada de ana-choca.

CHOCA DA MATA FÊMEA...

  Tem 15 centímetros e pesa 20 gramas. Há dimorfismo sexual, a coloração do macho é meio acinzentada, o alto da cabeça é negro e o ventre é mais claro. Já a fêmea distingue-se pela plumagem parda. Ambos os sexos possuem pintas claras nas asas. Uma característica que distingue esta espécie de outras chocas é a falta de pintas ou barras escuras ou de manchas pardas no macho.
Provavelmente a choca mais comum das bordas de mata do Brasil não-amazônico, a choca-da-mata é na verdade um complexo de subespécies que compreende algumas populações provavelmente merecedoras do status de espécie, seja pela coloração, pelo isolamento geográfico ou pela vocalização, como é o caso da subespécie do nordeste (Thamnophilus caerulescens cearensis), com vocalização claramente distinta das populações ao sul.
Costuma emitir um apelo audível, parecendo um “gá-a”, “gá-a”, com acentuação mais forte na primeira sílaba.

Assim como outras chocas alimenta-se basicamente de insetos que captura ao inspecionar as folhas e os caules de trepadeiras, mas também pode incluir pequenos frutos em sua dieta.
Na região Sudeste sua vocalização consiste em um canto que lembra algo como “au”, repetido cerca de 6 vezes consecutivas. Existe uma vocalização mais aguda e menos intensa, um piado curto que o casal emite enquanto se desloca, como se fosse uma conversa entre os dois. O ninho é uma pequena tigela feita a base de gravetos sobre uma forquilha de árvore ou nas ramagens de trepadeiras. O casal se reveza na construção do ninho e alimentação dos filhotes, que costumam ser dois, mas já foram relatados casos em que o macho abandonou o ninho e a fêmea criou os dois filhotes sozinha e com sucesso. Pões dois ovos claros/sujos com pintas e desenhos pela superfície.
É uma espécie encontrada geralmente aos casais nos estratos médios e inferiores de florestas secundárias, nas matas de galeria e bordas de matas densas pulando por entre as ramagens, trepadeiras e cipós. Aparentemente vem ganhando espaço nas regiões urbanizadas mais arborizadas como parques e pomares.
Seu nervosismo pode ser observado pelo movimento da cauda e do píleo. Costuma abaixar lentamente a cauda. Locomove-se predominantemente saltando e pulando, seja pela ramaria ou no solo. Pode ser vista remexendo as ramagens e folhas.

Ocorre em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.

  

Referências Bibliográficas:

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