A curicaca é uma ave da ordem dos Pelecaniformes da família Threskiornithidae. Seu nome popular é onomatopaico, semelhante ao som do seu canto, composto de gritos fortes. Conhecida também como despertador (Pantanal), carucaca, curicaca-comum, curicaca-branca e curicaca-de-pescoço-branco.
NOME CIENTÍFICO: Theristicus caudatus hyperorius (Todd, 1948).
Seu nome significa: do (grego) theristikos, theistron = ferramenta para colher, ceifar, foice; e do (latim) caudatus = referente a cauda. ⇒ ave com bico em forma de foice.
Distinguível pela coloração clara, asas largas e bico longo e curvo. Apresenta o dorso cinzento-claro, com brilho esverdeado, rêmiges e retrizes pretas; parte das coberteiras superiores das asas é esbranquiçada, formando uma mancha clara no lado superior da asa, visível durante o voo. O macho costuma ser um pouco maior que a fêmea, atingindo 69 cm de comprimento e cerca de 143 cm de envergadura.
- Theristicus caudatus caudatus (Boddaert, 1783): Oeste da Colômbia, Venezuela, Guianas, norte do Brasil até o estado de Mato Grosso;
- Theristicus caudatus hyperorius (Todd, 1948): Oeste da Bolívia, sudoeste do Brasil, Paraguai e Uruguai .
Alimenta-se durante o dia e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta de insetos e larvas, centopeias, pequenos lagartos, ratos, caramujos, insetos, aranhas e outros invertebrados, anfíbios e pequenas cobras, e até mesmo avesmenores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. É um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.
Costuma pôr de dois a quatro ovos, em ninhos de gravetos nas árvores ou mesmo grandes rochas nos campos. Os ninhos formam colônias numerosas durante o período de reprodução. Habita campos secos e alagados e pastagens.
Vive geralmente em bandos pequenos ou solitária, procurando alimento em campos de gramíneas ou em alagados. É diurna e crepuscular. Anda em pequenos grupos, que à noite se empoleiram nas árvores. Gosta de planar a grandes alturas.
Presente em grande parte do Brasil onde haja vegetação aberta e lagoas, campos em solos pantanosos ou periodicamente alagados, como na Ilha de Marajó (Pará), Pantanal e Ceará. Encontrada também no Paraguai, norte de Argentina, norte de Uruguai e parte da Bolívia. No sul de América do Sul é presente outra sp. que não ocorre no Brasil. T. melanopis ocorre no sul da Argentina e Chile.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Ambiente Brasil - disponível em http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./especie/fauna/index.html&conteudo=./especie/fauna/aves/caudatus.html Acesso em 12 mai. 2009.
- Brasil 500 Pássaros - disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1eye.htm Acesso em 12 mai. 2009.
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