quinta-feira, 18 de julho de 2013

CARCARÁ... PEGA MATA E COME...CARCARÁ...MAIS CORAGEM DO QUE HOMEM QUE JOGA VENENO NO RIO....



CARCARÁ...
AVE DE NÚMERO 126 DO DOSSIÊ FAZENDA MODELO.

Nome Científico: Caracara plancus(Miller, 1777)

  A canção Carcará, composta por João do Valle e José Cândido, ficou famosa na voz de Maria Bethânia. A canção descreve o hábito da espécie de caçar em queimadas:

Carcará, pega mata e come
Carcará não vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que hôme
Carcará, pega mata e come

Carcará, lá no sertão
É um bicho que avôa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará, quando vê roça queimada
Sai voando e cantando, Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
[…]

http://youtu.be/4L0DInKUnzc



    Assista o vídeo da música CARCARÁ  na interpretação  de CHICO BUARQUE e JOÃO DO VALE...CLICK no link acima....



 Também conhecido como caracará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó) e gavião-de-queimada, o caracará não é, taxonomicamente uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Ocorre em campos abertos, cerrados, borda de matas e inclusive centros urbanos de grandes cidades.

Medindo cerca de 56 centímetros da cabeça a cauda e 123 centímetros de envergadura, o caracará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo “carijó”; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.

A espécie foi facilmente identificada, principalmente, pela imponência de seu bico, que é bem adunco, possante, forte, amarelado na base, com o bico córneo um pouco avermelhado e que termina afinado com um branco na pontinha. Há acima da cabeça uma mancha negra muito típica dos CARCARÁS, como se fosse um chapeuzinho, bem no cucuruto da cabeça. Pescoço e peito rajados, embora bem mais claro no pescoço e mais esbranquiçado atrás do pescoço. Pés amarelados. Foi vizualizado este GAVIÂO pousado numa árvore muito seca e sem folhas, bem no alto da montanha, acima das novas construções que estão sendo empreedidas na FAZENDA MODELO, um pouco antes da ponte de SANTO ANTÔNIO DA BARRA. Neste local fica sempre um vigilante, geralmente, solitário sem muito sinal de algo produtivo no local, embora esteja ainda em construção, sem nenhuma placa educativa e instrutiva sobre o destino e propósito da OBRA. 

Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista assim como o seu parente próximo, o carrapateiro (Milvago chimachima). Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. 

Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiú (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais. 

Também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas. É muito comum ser avistado ao longo das rodovias para alimentar-se dos animais atropelados. Fica nas proximidades dos ninhais para comer restos de comida caídos no chão, ovos ou filhotes deixados sem a presença dos pais. Chega a reunir-se a outros caracarás para matar uma presa maior. É também uma ave comedora de carniça e é comumente visto voando ou pousado junto a urubus pacificamente, principalmente ao longo de rodovias ou nas proximidades de aterros sanitários e locais de depósito de lixo. Dois hábitos pouco conhecidos são a caça de crustáceos nos manguezais (seja entrando na água para abocanhar os que estão perto, ou percorrendo o mangue a pé, na maré baixa) e a “pirataria” (o fato de perseguir gaivotas e águias-pescadoras (Pandion haliaetus), forçando-as a deixar a presa cair, que apanha em voo).

O detalhe curioso durante a vizualização deste CARCARÁ predador, é que um bando de cerca de 30 ou mais MARITACAS, voaram em círculos fazendo muito barulho em volta do CARCARÁ, durante uns 10 minutos. O comportamento doi bando de MARITACAS foi explicado por u,m vigilante da FAZENDA MODELO como uma tentativa de espantar o GAVIÃO, que é capaz de comer os ovos das MARITACAS. 

Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou em outras árvores. Usa ninhos de outras aves também. Os dois ovos brancos manchados de marrom-avermelhado são incubados durante 28 a 32 dias, com o filhote voando no terceiro mês de vida.

Vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversão da floresta em áreas de pastagem, como aconteceu no leste do Pará. Pousa em árvores ou cercas, sendo freqüentemente observado no chão, junto à queimadas e ao longo de estradas. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador, costuma acompanhar as correntes de ar ascendentes. Durante a noite ou nas horas mais quentes do dia, costuma ficar pousado nos galhos mais altos, sob a copa de árvores isoladas ou nas matas ribeirinhas.

Para avisar os outros caracarás de seu território ou comunicação entre o casal, possui uma chamado que origina o seu nome comum, “caracará”. Nesse chamado, dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre as costas, enquanto emite o som (algumas espécies de aves de rapina tem o mesmo habito de dobrar o pescoço para trás quando emitem som).

Allopreening: comportamento social onde indivíduos de determinada espécie executam a limpeza em outro indivíduo pertencente ao seu grupo social.
Os motivos mais aceitos para este comportamento são: remoção de ectoparasitos, posicionamento hierárquico e reestabelecimento do bom convívio.
O Allopreening entre estas duas espécies de famílias diferentes (Cathartidae e Falconidae), uma necrófaga e a outra predadora, torna o entendimento deste comportamento além de difícil, ainda mais belo.

Distribuição Geográfica

Possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil.

Referências Bibliográficas: 

Carvalho, C. E. A. & Marini, M. Â. 2007. Distribution patterns of diurnal raptors in open and forested habitats in south-eastern Brazil and the effects of urbanization. Bird Conservation International 17: 367-380.S.O.S. Falconiformes
Marini, M.Â., Aguilar, T. M., Andrade, R. D., Leite, L. O., Anciães, M., Carvalho, C. E. A., Duca, C., Maldonado-Coelho, M., Sebaio, F. & Gonçalves, J. F. 2007. Biologia da nidificação de aves do sudeste de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia 15:1-10. S.O.S. Falconiformes
Aves de Rapina do Brasil - disponível emhttp://www.avesderapinabrasil.com/
Portal Brasil 500 pássaros, Caracará. Disponível em:http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1eye.htm. Acessado em 01 mai. 2009.

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