http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/13281/2/impactepoluicao000070788.pdf
Estive lendo e estudando com atenção o acurado estudo da pesquisadora ANA MONTEIRO da UNIVERSIDADE do PORTO de PORTUGAL, que já tem mais de 10 anos, mas que me chamou atenção e me trouxe um misto de fúria e preocupação, considerando a falta de chuvas na cidade de PEDRO LEOPOLDO, localizada a 45 KILÔMETROS de Belo Horizonte em Minas Gerais.
A pesquisadora, por mais de 10 anos, coletou dados atmosféricos de poluição do ar dos fins de semana e comparou com dias comerciais, mais distantes de sábado e domingo. A GEÓGRAFA ANA MONTEIRO encontrou evidências de que em fins de semana chovia-se muito mais do que em dias mais distantes de sábado e domingo.
O curioso disto é que, através dos dados de poluição do ar, com amostras coletadas em fins de semana, encontraram-se evidências muito prováveis, de que o ar poluído de meios de semana, inibia o fenômeno de precipitação atmosférica. Já nos fins de semana, quando o fluxo de automóveis e a quantidade de poeira e gases poluentes emitidos pelas indústrias na cidade do PORTO era menor, sempre o volume de chuvas aumentava, muito significativamente.
A explicação dada para uma maior concentração de chuvas em dias de sábado e domingo, foi de que, como o fenômeno de precipitação da água de chuva fica mais dificultado e chovia menos, pela presença de compostos gasosos no ar, em fins de semana a chuva se precipitaria muito mais. A própria população da cidade do PORTO, estava meio indignada, pela intensidade e volume de chuvas muito maior nos dias associados ao lazer, ou seja, em sábados e domingos chovia muito mais do que nos dias de trabalho.
""Será que teríamos algo semelhante acontecendo na cidade de PEDRO LEOPOLDO e entorno do VETOR NORTE...""
Estamos com um ar muito radicalmente poluído, como atestado pelo estudo feito nas cimenteiras da cidade do VETOR NORTE em 2010 ( Milanez, Fernandes e Porto-2010)., através da FIO CRUZ.
Veja link abaixo e acesse a pesquisa completa feita em meados de 2008 e 2009 nas cidades de PEDRO LEOPOLDO, VESPASIANO E MATOZINHOS.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232009000600021&script=sci_arttext
As conclusões foram muito catastróficas, com altas doses de substâncias cancerígenas encontradas e expelidas no ar atmosférico pelas cimenteiras. Como as medidas da qualidade do ar foram feitas há mais de 5 anos atrás, suponho que, atualmente em 2014, tenhamos um índice de poluentes muito maior, devido ao alto número de veículos que entraram em circulação na cidade PEDRO LEOPOLDO nos anos de 2010 a 2014.
O ambientalista PAULO NETO de PEDRO LEOPOLDO atestou que em 2014, por números obtidos na DELEGACIA DA POLÍCIA CIVIL DE PEDRO LEOPOLDO, cerca de mais de 150 automóveis entram em circulação a cada mês. Ou seja, em um ano, temos cerca de mais de 1500 automóveis a mais circulando pelas ruas e jogando mais poluente de chumbo, decorrente da queima de uma das piores gasolinas do mundo, que ainda utiliza chumbo para correção e melhoria do desempenho (OCTANAGEM)...
Somente para termos uma ideia deste número de 1500 carros na cidade a mais a cada ano que se passa., vamos fazer uma analogia grosseira. Considerando a medida de um carro com 3 metros de comprimento, jogando por baixo, poderíamos fazer uma fila de automóveis que iria de Dr Lund a PEDRO LEOPOLDO, somente com o número de carros que entram no trânsito por ano aqui em PL.
Fotografia de domínio público...
MUITO OU POUCO....Ou seja, além da poluição atmosférica infernal que temos na cidade, incontestavelmente atestada por pesquisadores do INSTITUTO FIO CRUZ do Rio de Janeiro, soma-se agora, uma taxa de poluentes exalados pelos canos de descarga de muito mais automóveis do que em 2008( ANO DA ÚLTIMA MEDIÇÃO PUBLICADA PUBLICAMENTE NO BRASIL, VIA SCIELO) quando tínhamos menos carros circulando nas ruas.
O FENÔMENO DA PRECIPITAÇÃO DA ÁGUA DE CHUVAS:
O vapor de água que confere taxas de aumento da umidade do ar atmosférico, para se condensar e cair como gota de chuva, precisa, dentre outras coisas, que haja aumento do volume das gotas de água por ADENSAMENTO, provocando uma espécie de explosão da gotícula de água, fazendo com que, muitas gotas d'água associadas e paralelamente, sofrendo a mesma expansão de volume, venham a se PRECIPITAR como chuva.
O fenômeno natural do ADENSAMENTO DAS GOTÍCULAS DE ÁGUA, explica então a precipitação da chuva, também associado ao encontro de massas de ar quente com massas de ar frio e úmido.
ENTRETANTO, cogito de que, a falta radical de chuvas na cidade PEDRO LEOPOLDO, está sendo paulatinamente intensificada, pelo alto índice de poluição atmosférica, pois os gases dos automóveis, e os gases de veneno das fábricas, intensificados pela onda de calor infernal (EFEITO ESTUFA) por aqui na região do VETOR NORTE, prejudicam o fenômeno do ADENSAMENTO e as chuvas diminuíram radicalmente na região.
Fiquei impressionado, com um fato interessante, porém preocupante, se tiver mesmo muito fundamento em termos de fato científico. No domingo passado ( 30 de março de 2014), eu voltava de carro de BRASÍLIA. O interessante, foi que, enfrentei chuva torrencial desde CRISTALINA em GOIÁS, localizada há cerca de 600 Kilômetros de distância de Pedro Leopoldo. Ou seja, ao longo da RODOVIA BR 040, num trecho de quase 600 KM, chovia e chovia. De repente, entrei em MATOZINHOS, não havia se quer sinal de respingos de chuvas. Quando cheguei em Pedro Leopoldo, fui ver se precisaria molhar minha horta, percebi a terra muito seca, sem nenhum sinal de ter chovido no DOMINGO.
MEU DEUS, 600 KILÔMETROS RODANDO COM CHUVA TORRENCIAL E POR AQUI, NO VETOR NORTE, SECO FEITO AGRESTE NORDESTINO...
Fiquei BOQUIABERTO e fiz esta revisão bibliográfica, para escrever este texto a título de hipótese.
Pr Dr Gisnaldo Amorim Pinto...