segunda-feira, 31 de março de 2014

""A FALTA DE CHUVAS NAS CIDADES COM AR POLUÍDO""...


                            Fotografia de domínio público, extraída do perfil do Movimento KDE PL.


               http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/13281/2/impactepoluicao000070788.pdf

 Estive lendo e estudando com atenção o acurado estudo da pesquisadora ANA MONTEIRO da UNIVERSIDADE do PORTO de PORTUGAL, que já tem mais de 10 anos, mas que me chamou atenção e me trouxe um misto de fúria e preocupação, considerando a falta de chuvas na cidade de PEDRO LEOPOLDO, localizada a 45 KILÔMETROS de Belo Horizonte em Minas Gerais.

  A pesquisadora, por mais de 10 anos, coletou dados atmosféricos de poluição do ar dos fins de semana e comparou com dias comerciais, mais distantes de sábado e domingo. A GEÓGRAFA ANA MONTEIRO encontrou evidências de que em fins de semana chovia-se muito mais do que em dias mais distantes de sábado e domingo.

  O curioso disto é que, através dos dados de poluição do ar, com amostras coletadas em fins de semana, encontraram-se evidências muito prováveis, de que o ar poluído de meios de semana, inibia o fenômeno de precipitação atmosférica. Já nos fins de semana, quando o fluxo de automóveis e a quantidade de poeira e gases poluentes emitidos pelas indústrias na cidade do PORTO era menor, sempre o volume de chuvas aumentava, muito significativamente.

  A explicação dada para uma maior concentração de chuvas em dias de sábado e domingo, foi de que, como o fenômeno de precipitação da água de chuva fica mais dificultado e chovia menos, pela  presença de compostos gasosos no ar, em fins de semana a chuva se precipitaria muito mais.   A própria população da cidade do PORTO, estava meio indignada, pela intensidade e volume de chuvas muito maior nos dias associados ao lazer, ou seja,  em sábados e domingos chovia muito mais do que nos dias de trabalho.

  ""Será que teríamos algo semelhante acontecendo na cidade de PEDRO LEOPOLDO e entorno do VETOR NORTE...""

   Estamos com um ar muito radicalmente poluído, como atestado pelo estudo feito nas cimenteiras da cidade do VETOR NORTE em 2010 ( Milanez, Fernandes e Porto-2010)., através da FIO CRUZ.


    Foto copiada do perfil do ENGENHEIRO CIVIL, Juliano Fagundes, de Pedro Leopoldo, presidente da ASEP de PL, uma associação de engenheiros da cidade.

  Veja link abaixo e acesse a pesquisa completa feita em meados de 2008 e 2009 nas cidades de PEDRO LEOPOLDO, VESPASIANO E MATOZINHOS.

            http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232009000600021&script=sci_arttext

  As conclusões foram muito catastróficas, com altas doses de substâncias cancerígenas encontradas e expelidas no ar atmosférico pelas cimenteiras. Como as medidas da qualidade do ar foram feitas há mais de 5 anos atrás, suponho que, atualmente em 2014, tenhamos um índice de poluentes muito maior, devido ao alto número de veículos que entraram em circulação na cidade PEDRO LEOPOLDO nos anos de  2010 a 2014.

  O ambientalista PAULO NETO de PEDRO LEOPOLDO atestou que em 2014, por números obtidos na DELEGACIA DA POLÍCIA CIVIL DE PEDRO LEOPOLDO, cerca de mais de 150 automóveis entram em circulação a cada mês. Ou seja, em um ano, temos cerca de mais de 1500 automóveis a mais circulando pelas ruas e jogando mais poluente de chumbo, decorrente da queima de uma das piores gasolinas do mundo, que ainda utiliza chumbo para correção e melhoria do desempenho (OCTANAGEM)...

  Somente para termos uma ideia deste número de 1500 carros na cidade a mais a cada ano que se passa., vamos fazer uma analogia grosseira. Considerando a medida de  um carro com 3 metros de comprimento, jogando por baixo, poderíamos fazer uma fila de automóveis que iria de Dr Lund a PEDRO LEOPOLDO, somente com o número de carros que entram no trânsito por ano aqui em PL.

                                          Fotografia de domínio público...

  MUITO OU POUCO....Ou seja, além da poluição atmosférica infernal que temos na cidade, incontestavelmente atestada por pesquisadores do INSTITUTO FIO CRUZ do Rio de Janeiro, soma-se agora, uma taxa de poluentes exalados pelos canos de descarga de muito mais  automóveis do que em 2008( ANO DA ÚLTIMA MEDIÇÃO PUBLICADA PUBLICAMENTE NO BRASIL, VIA SCIELO) quando tínhamos menos carros circulando nas ruas.

   O FENÔMENO DA PRECIPITAÇÃO DA ÁGUA DE CHUVAS:

   O vapor de água que confere taxas de aumento da umidade do ar atmosférico, para se condensar e cair como gota de chuva, precisa, dentre outras coisas, que haja aumento do volume das gotas de água por ADENSAMENTO, provocando uma espécie de explosão da gotícula de água, fazendo com que, muitas gotas d'água associadas e paralelamente, sofrendo a mesma expansão de volume, venham a se PRECIPITAR como chuva.

  O fenômeno natural do ADENSAMENTO DAS GOTÍCULAS DE ÁGUA, explica então a precipitação da chuva, também associado ao encontro de massas de ar quente com massas de ar frio e úmido.

  ENTRETANTO, cogito de que, a falta radical de chuvas na cidade PEDRO LEOPOLDO, está sendo paulatinamente intensificada, pelo alto índice de poluição atmosférica, pois os gases dos automóveis, e os gases de veneno das fábricas, intensificados pela onda de calor infernal (EFEITO ESTUFA) por aqui na região do VETOR NORTE, prejudicam o fenômeno do ADENSAMENTO e as chuvas diminuíram radicalmente na região.

                                     FOTOGRAFIA DE DOMÍNIO PÚBLICO...

  Fiquei impressionado, com um fato interessante, porém preocupante, se tiver mesmo muito fundamento em termos de fato científico. No domingo passado ( 30 de março de 2014), eu voltava de carro de BRASÍLIA. O interessante, foi que, enfrentei chuva torrencial desde CRISTALINA em GOIÁS, localizada há cerca de 600 Kilômetros de distância de Pedro Leopoldo. Ou seja, ao longo da RODOVIA BR 040, num trecho de quase 600 KM, chovia e chovia. De repente, entrei em MATOZINHOS, não havia se quer sinal de  respingos de chuvas. Quando cheguei em Pedro Leopoldo, fui ver se precisaria molhar minha horta, percebi a terra muito seca, sem nenhum sinal de ter chovido no DOMINGO.

  MEU DEUS, 600 KILÔMETROS RODANDO COM CHUVA TORRENCIAL E POR AQUI, NO VETOR NORTE, SECO FEITO AGRESTE NORDESTINO...

  Fiquei BOQUIABERTO e fiz esta revisão bibliográfica, para escrever este texto a título de hipótese.

  Pr Dr Gisnaldo Amorim Pinto...







sábado, 22 de março de 2014

CURICA. AVE DE NÚMERO 175 do DOSSIÊ FAZENDA MODELO...


NOME CIENTÍFICO: Amazona amazonica (Linnaeus, 1766).

  O PAPAGAIO CURICA foi visualizado no dia de sábado em 22 de março de 2014, bem na montanha vermelha, bem em frente ao  EX-PARQUE DE EXPOSIÇÕES  ASSIS CHATEUBRIANT, hoje, infelizmente, um palanque de megaeventos de massa, atraindo milhares de pessoas, para um local bem junto do refúgio de PSITACÍDEOS.

   Estas aves  fazem seus abrigos à noite nos buracos no paredão da montanha vermelha. Estas aves, costumam desaparecer por muitos meses, após os eventos festivos, que produzem ruídos muito acima dos 70 decibéis, previstos em lei, para uma área urbana. Em se tratando de área protegida como característica de refúgio reprodutivo, (APDA), então, o nível exagerado de ruídos, incorreria em outra ilegalidade. Pelo menos isolamento acústico teria que ser exigido pelos órgãos municipais de meio ambiente e ministério público, pois algumas casas noturnas na cidade tem sido, corretamente acionadas, com exigências, corretíssimas e legais, de isolamento dos volumes de sons emitidos por estas casas noturnas. Ou a lei é para todos ou para ninguém.




  A curica é uma ave psittaciforme da família Psittacidae. Conhecida também como papagaio-do-mangue, aiuru-curuca, kuritzaká (nome indígena - Mato Grosso), curau (Mato Grosso), papagaio-grego, aiurucatinga, ajurucatinga, ajurucurau, ajurucuruca, curuca, encontros-verdes e papagaio-poaieiro.
Seu nome significa: do (francês) amazona = nome dado a várias espécies de papagaios tropicais; relativo ao Rio Amazonas, relativo a Floresta Amazônica; e de amazonica = referente ou originário da floresta amazônica na América do Sul. ⇒ Papagaio Amazônico. ou papagaio da floresta Amazônica.
É conhecido como papagaio-do-mangue na costa, por habitar essa formação. Provavelmente, esse foi a espécie de papagaio primeiro observada pelos portugueses ao chegarem na costa brasileira, sendo muito freqüente nas aldeias indígenas para uso de suas penas na arte plumária.
Não está classificada em nenhuma categoria de ameaça a nível global, embora seja a segunda mais perseguida pelo tráfico, do seu gênero.
De porte um pouco menor ao do papagaio-verdadeiro. Como características mais marcantes para separar as duas espécies, possui o espelho e a marca da cauda de cor laranja, ao invés de vermelho. O bico é amarelado na base, com o restante cinza escuro. Menos cabeçudo em proporção ao corpo, o adulto possui o alto da cabeça, parte da cara e a garganta amarelas. Na frente dos olhos e na testa passa uma faixa azul claro. Possui um comprimento de 31 a 34 cm e não apresenta dimorfismo sexual.
Possui uma série de vocalizações. Elas são mais assobiadas e suaves, algumas parecidas com as da maitaca (razão do nome trombeteiro). O casal em voo mantém contato através de gritos mais longos e elaborados do que aquele. No período reprodutivo, pousa em galhos altos e começa a improvisar uma série de gritos e assobios.
Alimenta-se de sementes, frutos e flores. É bastante atraído pelos frutos do pombeiro (Combretum lanceolatum).
Se reproduz geralmente no segundo semestre do ano e faz ninhos em cavidades, aproveitando ocos de árvores, paredões rochosos e cupinzeiros. É uma espécie monogâmica (o casal permanece unido por toda vida). Põem 3 ovos que eclodem após 29 dias de incubação. Entretanto, em outros estudos já foi observado ninhos com 4 ovos. Vive de 50 a 60 anos. Geralmente, um filhote sai do ninho depois de 2 meses de nascido, chocado pela fêmea. Ao que parece se reproduz no final da temporada de seca.

Comum em florestas de galeria, várzeas, alagados com árvores e manguezais. Costuma pernoitar e se reproduzir em ilhas cobertas de mata. Vive em bandos de até 8 indivíduos, reunindo-se às centenas para pernoitar, quando fazem bastante barulho. Na região sudeste onde existem diversas observações observa-se que bandos dormem em plantações de eucaliptos onde se camuflam entre as copas de forma a evitar predação de gaviões e falcões.
Distribui-se amplamente na América do Sul, principalmente no leste dos Andes, da Colômbia até o sudeste do Brasil. Ocorre também ao longo do leste e sul da Colômbia, leste do Equador, leste do Peru e Bolívia. É encontrado por toda a Venezuela, exceto em Zulia e Mérida, e é difundido nas Guianas, Suriname e em Trinidad e Tobago. No Brasil a espécie é encontrada na Bacia Amazônica, Amazonas, Mato Grosso (sendo ausente no sudoeste do pantanal), Pará, Goiás, Maranhão, Piauí, Bahia, Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro, noroeste e norte de São Paulo e norte do Paraná.

 

  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • Mahecha, José Vicente Rodríguez; Suárez, Franklin Rojas; Arzuza, Diana Esther; Hernández, Andrés Gonzáles. Loros, Pericos & Guacamayas Neotropicales. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogota D.C., 2005, Pág. 145.
  • Guedes, N. M. R. (1993). Biologia reprodutiva de arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no Pantanal-MS, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
  • Guedes, N. M. R. & Seixas, G. H. F. (2002). Métodos para estudos de reprodução de Psitacídeos. In: M. Galetti & M. A. Pizzo. (eds). Ecologia e conservação de psitacídeos no Brasil (pp. 123-139). Belo Horizonte: Melopsittacus Publicações Científicas.
  • Sick, H. (1997). Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 113-360.
  • Juniper, T. & Parr, M. (1998). Parrots: A guide to the parrots of the world. Londres: Pica Press. p. 545.
  • Moura, L. N. Comportamento do Papagaio-do-mangue Amazona amazonica: gregarismo, ciclos nictemerais e comunicação sonora. Dissertação. Universidade Fereral do Pará, Belém. 2007.
  • Sibley, C. G. & Monroe Jr, B. L. (1990). Distribution and taxonomy of birds of the world. Yale: Yale University Press, p. 132.